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Presidente da Apae de Bauru é preso após assassinato de funcionária em disputa de poder e desvios de valores, diz Polícia Civil.

A Polícia Civil de Bauru (SP) confirmou nesta segunda-feira (26) que Claudia Regina da Rocha Lobo, de 55 anos, secretária-executiva da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) da cidade, foi assassinada. A investigação aponta que o presidente da Apae Bauru, Roberto Franceschetti Filho, é o principal suspeito do crime e encontra-se detido desde o dia 15 de agosto.

Segundo o delegado Cledson Nascimento, responsável pelo caso, o crime teria sido motivado por uma disputa de poder interna na entidade, bem como por desvios de valores do caixa da organização. De acordo com Nascimento, as investigações revelaram desvios de valores cometidos tanto pela vítima quanto pelo suspeito. A linha de investigação aponta para um conflito de interesses entre o presidente e a secretária, o que teria culminado no trágico desfecho.

A advogada que representa a família de Claudia, Adriana Cabello dos Santos, afirmou que estão aguardando acesso ao inquérito, que corre em segredo de Justiça, para tomarem as medidas cabíveis. A filha de Claudia, Letícia Prado, está em luto e a família se reservou o direito de permanecer em silêncio diante das acusações.

Imagens foram encontradas mostrando o suspeito no veículo utilizado por Claudia no dia do desaparecimento da vítima. O delegado afirma que esta parada do veículo teria sido o local onde Claudia foi assassinada e posteriormente teve seu corpo incinerado. O advogado de Franceschetti Filho, Leandro Chab Pistelli, informou que só irá se pronunciar sobre o caso no dia seguinte.

A Apae de Bauru divulgou que abriu uma sindicância para apurar possíveis irregularidades em suas finanças. O funcionário da entidade, apontado como cúmplice do suspeito, responde em liberdade por fraude processual e ocultação de cadáver, mas não há indícios de sua participação no planejamento do crime. Franceschetti Filho teria confessado informalmente o crime no dia de sua prisão, mas posteriormente negou oficialmente, alegando orientação de seus advogados.

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