O objetivo das autoridades é identificar os responsáveis pelos incêndios e determinar se agiram por conta própria ou a mando de terceiros. A Polícia Civil, no entanto, ressalta que ainda não descarta nenhuma hipótese, mas considera prematuro associar os eventos a organizações criminosas, mesmo que a possível participação do crime organizado esteja sob investigação pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Ribeirão Preto.
Jorge Amado Cury Neto, diretor do Deinter 3, enfatizou a gravidade dos incêndios na região, destacando que a situação vivenciada nos últimos dias foi inédita. Os incêndios resultaram em acidentes, interrupção de aulas, superlotação nos hospitais, duas mortes e 66 feridos, de acordo com a Defesa Civil.
A prisão de um homem em Batatais, que confessou pertencer a uma facção criminosa e foi flagrado colocando fogo em vegetação seca, foi um dos desdobramentos das investigações. Ele teve a prisão convertida em preventiva e enfrentará acusações relacionadas a incêndio criminoso.
O delegado Neto ressaltou a importância de investigar a extensão e as responsabilidades dos incêndios, que afetaram diversas áreas e causaram transtornos generalizados à população. Em paralelo, foram abertos inquéritos policiais em delegacias vizinhas a Ribeirão Preto, no total de 93 municípios abrangidos pelo Deinter 3.
Além da atuação da Polícia Civil, o Ministério Público, por meio do Gaema, acompanha as investigações das queimadas no estado. Um plano emergencial foi anunciado pelo governador, visando reforçar os atendimentos a casos respiratórios decorrentes da fumaça e baixa umidade do ar. A população foi orientada a utilizar os serviços de telemedicina, visando reduzir a sobrecarga nas unidades de saúde.
Diante da gravidade dos incêndios e das consequências para a população, as autoridades seguem empenhadas em identificar os responsáveis e garantir a punição de eventuais envolvidos nos incêndios criminosos que assolaram a região de Ribeirão Preto.