Batizado de Mobilização Nacional de Identificação de Pessoas Desaparecidas, o plano também prevê a coleta de impressões digitais de indivíduos sem identificação e de cadáveres não identificados. Segundo dados do ministério, em 2023, o Brasil teve 78.703 pessoas desaparecidas, das quais 50.514 foram localizadas. Já em 2024, até julho, foram registrados 45.670 desaparecimentos, com 30 mil casos solucionados.
Entre os desaparecidos, 29.498 são homens e 15.833 são mulheres, sendo 12.148 menores de 17 anos e 32.415 maiores de idade. A ação, coordenada pela Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública), prevê que as amostras genéticas coletadas serão integradas à Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos com o objetivo exclusivo de identificar pessoas desaparecidas.
O secretário Mario Sarrubbo garantiu que os dados coletados não serão utilizados para fins criminais, sendo exclusivamente voltados para a identificação de pessoas desaparecidas. O ministro Ricardo Lewandowski reforçou o caráter humanitário da iniciativa, ressaltando que a solução de casos de desaparecimento é uma questão de direitos humanos e fundamentais.
A primeira etapa da ação consiste na coleta de DNA de familiares, que ocorrerá em todo o país até a próxima sexta-feira (30). Mais de 270 pontos de coleta estarão disponíveis para receber os familiares que ainda não tenham doado material genético. A coleta pode ser feita através de saliva ou sangue, sendo necessário apresentar um documento de identificação e informações do boletim de ocorrência do desaparecimento.
A iniciativa do Ministério da Justiça e Segurança Pública reforça a importância da tecnologia e da ciência na resolução de casos de desaparecimento, evidenciando o compromisso com a busca e a identificação de pessoas desaparecidas. A mobilização nacional representa um avanço significativo na área, demonstrando a preocupação do governo em garantir o direito à identificação e dignidade das famílias afetadas pela ausência de entes queridos.