De acordo com o diretor-executivo da Fundação Florestal, Rodrigo Levkovicz, a ideia é preencher os sacos com areia retirada da própria praia, estabelecendo assim uma linha de defesa contra a invasão do mar. Além dos sacos de areia, outras medidas como a instalação de braços de pedra e o reforço na proteção da vegetação nativa também estão sendo consideradas.
Os moradores locais, que enfrentam a ameaça iminente da erosão, expressaram sua preocupação em relação ao avanço do mar. Bruno Belchior de Oliveira, comerciante e morador da região, relata a perda progressiva da vegetação costeira e evidencia a gravidade do problema. Com a principal fonte de renda da comunidade baseada no turismo sustentável e pesca artesanal, a situação se torna ainda mais alarmante.
Levkovicz destaca a importância da preservação da Barra do Una, considerando-a uma das áreas mais sensíveis em relação a erosão costeira. A Fundação Florestal, em parceria com a comunidade local, busca tomar medidas preventivas e mitigatórias para enfrentar esse desafio, como a recomposição natural da vegetação para frear o avanço do mar.
Além disso, o governo estadual implantou o Sistema de Alerta de Ressacas e Inundações Costeiras (Saric) em 2023, proporcionando informações vitais para a prevenção de desastres naturais na região. Drones também têm sido utilizados para capturar imagens detalhadas e auxiliar no monitoramento do processo erosivo.
Com a implementação de medidas emergenciais e preventivas, as autoridades esperam conter o avanço do mar e preservar a vida e os meios de subsistência dos moradores da Barra do Una. A conscientização e a cooperação entre a população local e os órgãos públicos são fundamentais para garantir a sustentabilidade e a preservação desse importante patrimônio ambiental.