De acordo com o governador, os imóveis adquiridos pelo PCC servem como fachada para atividades ilegais como prostíbulos, ferros-velhos e pontos de venda de drogas, além de serem utilizados para a receptação de produtos roubados. Além disso, Tarcísio mencionou a atuação de milícias com participação de agentes de segurança, extorsão de moradores e comerciantes, venda ilegal de armas e exploração do trabalho de pessoas em situação de vulnerabilidade.
O governo paulista, juntamente com o Ministério Público, está realizando uma megaoperação para desmantelar o crime organizado no centro da capital. Detalhes dessa operação foram revelados durante a apresentação do projeto do novo centro administrativo do governo, que pretende concentrar secretarias e órgãos administrativos no entorno do parque Princesa Isabel, região conhecida pela concentração de dependentes químicos.
O objetivo do governo ao levar o poder estadual para a cracolândia é expulsar o crime da região. Tarcísio ressaltou a importância de combater a lavagem de dinheiro realizada por meio da compra de imóveis degradados pelo PCC. Ele também mencionou a possibilidade de que o PCC esteja por trás de protestos na região, como a manifestação realizada por moradores da favela do Moinho contra possíveis desapropriações.
Além disso, o governador anunciou a transferência da Secretaria de Cidadania e Justiça do Estado para o Palácio Campos Elísios no próximo mês. O projeto do novo centro administrativo, com investimento estimado em R$ 5 bilhões, passará por uma fase de audiências públicas e terá seu edital apresentado até o final do primeiro semestre de 2025. A construção da sede poderá levar cerca de cinco anos, mas a ocupação da região pelo governo deve começar antes disso.