Imagens das câmeras de vigilância do aeroporto mostram a fuselagem traseira da aeronave arrastando-se pela pista por cerca de 720 metros, levantando nuvens de poeira e fumaça antes de finalmente decolar. Após notar o problema, os pilotos interromperam a ascensão e iniciaram o despejo de combustível para realizar um retorno de emergência a Milão, devido aos danos estruturais.
O Boeing 777 permaneceu no solo por vários dias antes de ser levado de volta a São Paulo para reparos. A investigação revelou que o incidente foi causado pela inserção incorreta de dados no computador de bordo, onde os pilotos colocaram o “Peso Zero de Combustível” em vez do peso real do combustível abastecido, resultando em uma velocidade de decolagem inadequada.
O fato de haver três pilotos na cabine, incluindo um Comandante instrutor, durante o incidente levanta questionamentos sobre a formação e supervisão da tripulação. Além disso, os pilotos acreditaram que a velocidade de rotação era muito abaixo do necessário para um Boeing 777 carregado.
A investigação continua em andamento para apurar as causas e circunstâncias do incidente. O relatório final do caso é esperado para ser divulgado nos próximos meses, revelando mais detalhes sobre o ocorrido e possíveis medidas a serem tomadas para evitar situações semelhantes no futuro.