Lula e presidente da Colômbia cobram transparência nas eleições da Venezuela em declaração conjunta no sábado (24)

Na noite de sábado (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, divulgaram uma declaração conjunta cobrando a divulgação das atas de votação das eleições na Venezuela. Ambos os líderes estão convencidos de que a credibilidade do processo eleitoral só será restabelecida com a publicação transparente dos dados desagregados por seção eleitoral e verificáveis.

A decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, que ratificou a vitória do presidente Nicolás Maduro, foi mencionada no comunicado, mas não foi reconhecida como legítima por Brasil e Colômbia. Os dois países continuam aguardando a divulgação das atas desagregadas por seção de votação pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela.

Até o momento, os órgãos oficiais venezuelanos ainda não apresentaram os dados por mesa de votação, o que tem gerado questionamentos sobre a validade do resultado anunciado. A oposição alega ter as atas que indicam a vitória do opositor Edmundo González.

Enquanto isso, dentro da Venezuela, o Ministério Público abriu uma investigação para apurar a conduta dos opositores ao governo de Maduro. A oposição e organizações sociais denunciaram prisões arbitrárias e ações violentas por parte das forças de segurança.

Lula e Petro destacaram a importância de evitar atos de violência e repressão e criticaram a imposição unilateral de sanções à Venezuela por outros países. A declaração conjunta dos presidentes foi divulgada um dia após os Estados Unidos e 10 países latino-americanos rejeitarem a decisão do Supremo venezuelano.

Brasil e Colômbia, como países vizinhos e interessados na estabilidade da região, reiteraram sua disposição de facilitar o diálogo entre as partes na Venezuela. Eles também expressaram total oposição às sanções unilaterais, que prejudicam a população dos países sancionados, especialmente as camadas mais vulneráveis. Nesse contexto delicado, a busca por uma solução pacífica e democrática para a crise política na Venezuela permanece como um desafio urgente.

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