A decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, que ratificou a vitória do presidente Nicolás Maduro, foi mencionada no comunicado, mas não foi reconhecida como legítima por Brasil e Colômbia. Os dois países continuam aguardando a divulgação das atas desagregadas por seção de votação pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela.
Até o momento, os órgãos oficiais venezuelanos ainda não apresentaram os dados por mesa de votação, o que tem gerado questionamentos sobre a validade do resultado anunciado. A oposição alega ter as atas que indicam a vitória do opositor Edmundo González.
Enquanto isso, dentro da Venezuela, o Ministério Público abriu uma investigação para apurar a conduta dos opositores ao governo de Maduro. A oposição e organizações sociais denunciaram prisões arbitrárias e ações violentas por parte das forças de segurança.
Lula e Petro destacaram a importância de evitar atos de violência e repressão e criticaram a imposição unilateral de sanções à Venezuela por outros países. A declaração conjunta dos presidentes foi divulgada um dia após os Estados Unidos e 10 países latino-americanos rejeitarem a decisão do Supremo venezuelano.
Brasil e Colômbia, como países vizinhos e interessados na estabilidade da região, reiteraram sua disposição de facilitar o diálogo entre as partes na Venezuela. Eles também expressaram total oposição às sanções unilaterais, que prejudicam a população dos países sancionados, especialmente as camadas mais vulneráveis. Nesse contexto delicado, a busca por uma solução pacífica e democrática para a crise política na Venezuela permanece como um desafio urgente.