Repórter São Paulo – SP – Brasil

Número de focos de incêndio em São Paulo atinge recorde em agosto de 2024, causando preocupação e mobilização das autoridades.

O Estado de São Paulo está passando por uma situação crítica de incêndios florestais, com números alarmantes de focos de fogo espalhados por várias cidades. De acordo com o Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o mês de agosto de 2024 registrou o maior número de incêndios desde 1998, quando os registros começaram a ser contabilizados.

Ao longo de 23 dias do mês de agosto, foram computadas 3.175 ocorrências de incêndios em diversas regiões do Estado, quase o dobro do total registrado durante todo o ano de 2023. A situação se agravou ainda mais na sexta-feira, dia 23, com o registro de 1.886 focos, em um cenário de onda de calor e baixa umidade que favoreceu a propagação do fogo.

Esses números impressionantes não eram vistos em São Paulo desde agosto de 2021, quando foram contabilizados 2.277 focos. O governo estadual declarou estado de emergência em mais de 30 cidades afetadas e a situação ainda é preocupante em pelo menos 17 municípios, com 36 deles em alerta máximo.

Infelizmente, os incêndios já causaram duas mortes no interior de São Paulo, além de terem provocado o fechamento parcial ou total de rodovias importantes. Dois funcionários de uma usina na região metropolitana de São José do Rio Preto perderam a vida enquanto tentavam combater as chamas.

O governador Tarcísio de Freitas esteve sobrevoando as áreas afetadas e informou que a situação está caminhando para um controle mais efetivo. Ele ressaltou a importância da colaboração de diversas instituições, como as Forças Armadas e a União das Indústrias da Cana-de-Açúcar, no combate aos incêndios.

Mais de 7,3 mil profissionais e voluntários estão mobilizados para ajudar no combate às chamas e na orientação da população. O governo paulista destacou a importância da cautela e do esforço conjunto para evitar a propagação dos incêndios, em um cenário de altas temperaturas e baixa umidade que aumentam o risco de novos focos de fogo.

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