Com um estilo cabeça dura e uma personalidade forte, Silvino cativava quem o cercava com suas histórias da caatinga e das serras, onde passou dias em busca de gados perdidos. Sua devoção a Nossa Senhora Aparecida era marcante, e todos os anos ele participava da tradicional Missa do Vaqueiro de Serrita, acompanhado por sua família.
Casado aos 19 anos com Francisca, com quem teve seis filhos, Silvino era um homem de princípios e valores sólidos, sempre defendendo sua família com unhas e dentes. Mesmo após se aposentar, ele continuou sua rotina matinal cortando capim e cuidando dos animais, levando os netos para a escola e compartilhando suas experiências como vaqueiro.
Infelizmente, a saúde de Silvino foi comprometida por anos de tabagismo e por uma pneumonia contraída aos 30 anos, que resultou em fibrose pulmonar. Após 15 dias internado na UTI, o vaqueiro veio a falecer no último 4 de julho, deixando a esposa, os filhos e os netos.
A morte de Silvino deixa uma lacuna na comunidade sertaneja, relembrando a importância dos vaqueiros e suas histórias no desenvolvimento da região. Seu legado como um dos últimos representantes de uma tradição antiga perdurará na memória daqueles que tiveram o privilégio de conhecer esse valoroso homem do sertão pernambucano.