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Histórias de um Vaqueiro do Sertão de Pernambuco: A Vida de Silvino Pereira da Cruz, Guardião dos Gados e das Tradições

O sertão de Pernambuco perdeu um de seus maiores vaqueiros, Silvino Pereira da Cruz, aos 66 anos. Conhecido por sua habilidade e destreza na lida do gado, Silvino era uma figura lendária na região, tendo passado grande parte de sua vida guiando rebanhos de gado de um município a outro a cavalo. Nascido em Cedro, em 1957, ele foi criado em meio a uma numerosa família e desde cedo aprendeu os segredos e dificuldades da vida no sertão.

Com um estilo cabeça dura e uma personalidade forte, Silvino cativava quem o cercava com suas histórias da caatinga e das serras, onde passou dias em busca de gados perdidos. Sua devoção a Nossa Senhora Aparecida era marcante, e todos os anos ele participava da tradicional Missa do Vaqueiro de Serrita, acompanhado por sua família.

Casado aos 19 anos com Francisca, com quem teve seis filhos, Silvino era um homem de princípios e valores sólidos, sempre defendendo sua família com unhas e dentes. Mesmo após se aposentar, ele continuou sua rotina matinal cortando capim e cuidando dos animais, levando os netos para a escola e compartilhando suas experiências como vaqueiro.

Infelizmente, a saúde de Silvino foi comprometida por anos de tabagismo e por uma pneumonia contraída aos 30 anos, que resultou em fibrose pulmonar. Após 15 dias internado na UTI, o vaqueiro veio a falecer no último 4 de julho, deixando a esposa, os filhos e os netos.

A morte de Silvino deixa uma lacuna na comunidade sertaneja, relembrando a importância dos vaqueiros e suas histórias no desenvolvimento da região. Seu legado como um dos últimos representantes de uma tradição antiga perdurará na memória daqueles que tiveram o privilégio de conhecer esse valoroso homem do sertão pernambucano.

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