Repórter São Paulo – SP – Brasil

Investigação revela passado criminoso do candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal em esquema de desvio de dinheiro.

Em uma investigação conduzida pela 11ª Vara Federal em Goiânia, foram revelados registros que expõem a atuação do candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), em um caso de desvio de dinheiro de contas bancárias por criminosos condenados. O processo teve início em 2005, quando Marçal, na época com 18 anos, foi temporariamente preso e posteriormente condenado a quatro anos e cinco meses de reclusão por furto qualificado.

Embora tenha sido considerado culpado, a demora do Tribunal Regional Federal da 1ª Região em analisar o recurso resultou na prescrição da pena, o que fez com que o candidato não cumprisse a sentença. Procurado para comentar o episódio, Marçal preferiu não se manifestar a respeito.

Durante a presente campanha eleitoral, o candidato mencionou que, em um período anterior, trabalhava consertando computadores por R$ 350 para uma pessoa. No entanto, ele desafiou a comprovar qualquer ganho advindo desse trabalho, afirmando que não obteve lucro algum e que foi processado de forma injusta por 13 anos.

As investigações revelaram que Marçal estava diretamente envolvido com um líder de uma organização criminosa, realizando atividades como captura de e-mails que eram utilizados pelos golpistas para enviar programas maliciosos a fim de roubar dados bancários das vítimas. Além disso, o ex-coach também cuidava da manutenção dos computadores utilizados pelo grupo para aplicar os golpes.

Os softwares utilizados pelos criminosos permitiam o envio de mensagens por e-mail com malware para roubar informações bancárias das vítimas. Outro mecanismo utilizado pela organização possibilitava o acesso a informações pessoais sem a necessidade de um e-mail previamente obtido. Os investigadores concluíram que Marçal praticou os crimes de furto, formação de quadrilha e violação de sigilo bancário.

Apesar de se defender alegando que apenas prestava serviços de manutenção e fornecia listas de e-mails sem conhecimento do uso criminoso, trechos do Acórdão do TRF-1 indicam que suas declarações foram contraditórias. Marçal, em um interrogatório policial, apontou a participação de terceiros no crime, o que demonstra seu conhecimento da natureza criminosa das atividades.

Com uma trajetória controversa, a conduta e as ações de Pablo Marçal naquele episódio ganham destaque e trazem à tona questionamentos sobre sua idoneidade para ocupar um cargo público de relevância como a Prefeitura de São Paulo. Suas declarações e envolvimento em atividades ilícitas lançam dúvidas sobre sua credibilidade e transparência, fatores cruciais para um candidato a um cargo político de destaque como o que ele almeja.

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