Repórter São Paulo – SP – Brasil

Feminicídio Zero: Mobilização Nacional lança campanha permanente com adesão de diversos setores do país.[embed]https://www.youtube.com/watch?v=7vR4oFt9EpM[/embed]

Nesta sexta-feira (23), diversos setores do país uniram-se à mobilização nacional permanente pelo Feminicídio Zero, lançada pelo Ministério das Mulheres, em Brasília. O feminicídio, definido como o assassinato de mulheres em situação de violência doméstica ou extremada por ódio ao gênero feminino, tem sido uma questão urgente a ser enfrentada em território brasileiro.

A adesão dos parceiros à articulação nacional tem como objetivo erradicar o feminicídio, através da prevenção e do enfrentamento de todas as formas de violência baseada no gênero feminino. A atuação envolve a conscientização, principalmente dos homens, e a adoção de medidas integradas nos ambientes de trabalho.

Neste contexto, clubes de futebol como Flamengo, Corinthians, Vasco, Botafogo e Bahia também se comprometeram com a causa. Uma pesquisa realizada em 2022 apontou que em dias de jogos de futebol, os índices de lesão corporal dolosa contra mulheres são significativamente maiores. A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, ressaltou a importância do diálogo com os homens, considerando-os aliados fundamentais nesse processo de conscientização.

O evento contou com a presença de órgãos do poder executivo federal, que também assinaram a carta-compromisso pelo feminicídio zero. A ministra Esther Dweck, da Gestão e Inovação, destacou a necessidade do apoio da sociedade para combater o feminicídio, ressaltando que as mudanças só serão efetivas com a conscientização de toda a população.

A cultura do machismo e da violência contra a mulher ainda permeia a sociedade brasileira, sendo as mulheres negras as mais afetadas, com percentual de 63,6% dos casos de feminicídio em 2023. A mobilização pelo fim do feminicídio também busca dar voz e proteção às mulheres indígenas, muitas vezes não compreendidas pelos atuais sistemas de denúncia e acolhimento.

Diante dos alarmantes números de violência contra a mulher no país, eventos como o Agosto Lilás se tornam ainda mais relevantes para conscientizar a população e celebrar os avanços conquistados, como a Lei Maria da Penha, que completa 18 anos de existência. O combate ao feminicídio requer a participação ativa de toda a sociedade, juntamente com as instituições públicas e privadas, para alcançar a meta de um país livre de violência de gênero.

Sair da versão mobile