Segundo informações do SGB, o rio Solimões, que passa por 13 municípios do Amazonas, tem a maior probabilidade de atingir níveis recorde de seca. Em Tabatinga (AM), por exemplo, existe uma chance de 65% de o corpo hídrico alcançar um nível abaixo do menor já registrado, que foi de -86 cm em 2010.
A pesquisadora Jussara Cury, do SGB, explicou que o rio Solimões está passando por um processo de intensificação das descidas, com níveis considerados muito baixos para essa época em alguns locais, como Tabatinga. Outros rios da região, como o Purus e o Negro, também estão em situação de alerta, com chances de redução abaixo das mínimas históricas registradas em anos anteriores.
Além do impacto nos níveis dos rios, a seca na região da Bacia do Amazonas tem causado isolamento em comunidades indígenas e ribeirinhas, além de ocorrências como deslizamentos de terra em margens de cursos d’água. No ano passado, a seca dos rios também resultou na morte de centenas de botos na cidade de Tefé, devido à baixa do nível da água e à temperatura elevada do lago.
Diante desse cenário, o gerente de hidrologia e gestão territorial da Superintendência Regional de Manaus, André Martinelli, ressaltou a importância da informação para o planejamento e investimento em ações de enfrentamento a eventos extremos. A situação na Bacia do Amazonas merece atenção e medidas urgentes para minimizar os impactos da seca na região.