Essa discussão levanta questões sobre as escolhas pessoais das mulheres em relação à maternidade e a pressão da sociedade sobre esse tema. Aos 53 anos, a autora do texto também revela sua decisão de nunca ter tido filhos e as constantes perguntas e inquisições que enfrenta por essa escolha. Ela destaca a falta de reflexão das pessoas sobre a decisão de ter filhos e o desconforto causado pela maternidade compulsória.
A antropóloga Mirian Goldenberg também se pronunciou sobre o assunto, concordando com a preocupação da atriz sobre quem irá cuidar dela na velhice. A autora do texto e suas amigas têm um pacto de cuidarem umas das outras na velhice, mostrando que existem outras formas de garantir o amparo na velhice além da maternidade.
O medo da solidão na velhice pode levar algumas pessoas a optarem pela maternidade como uma garantia de cuidado no futuro. No entanto, como aponta Mirian Goldenberg, os índices de violência contra os idosos por parte dos filhos são alarmantes, o que coloca em questão a eficácia dessa escolha como garantia de cuidado na velhice.
Em última instância, a discussão sobre a maternidade e o cuidado na velhice nos faz refletir sobre as pressões sociais e individuais que influenciam nossas escolhas. Cada pessoa deve ter o direito de decidir o que é melhor para si, sem ser julgada ou rotulada como egoísta por suas decisões. Cada indivíduo tem o direito de moldar sua vida de acordo com suas necessidades e desejos, sem a imposição de padrões pré-estabelecidos pela sociedade.