Repórter São Paulo – SP – Brasil

Aumento de internações por SRAG em cinco estados e sete capitais do Brasil, com destaque para casos de covid-19 entre idosos.

O aumento das internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em diversos estados brasileiros tem gerado preocupação entre as autoridades de saúde. De acordo com o Boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os estados de Goiás, Bahia, Paraíba, Sergipe e São Paulo registraram um aumento significativo nas internações por SRAG.

Em Goiás, a principal causa das internações é a covid-19, especialmente entre a população idosa. Já nos demais estados, a maior ocorrência da síndrome é relacionada ao rinovírus, afetando principalmente crianças e adolescentes com idades entre 2 e 14 anos.

Além disso, a análise realizada abrangeu as capitais, onde sete cidades apresentaram um aumento nos casos de SRAG: Aracaju, Brasília, Goiânia, João Pessoa, Maceió, Salvador e São Paulo. Os dados são referentes à Semana Epidemiológica 33, no período de 11 a 17 de agosto.

A Fiocruz também destacou que, nacionalmente, houve uma oscilação nos casos de SRAG em relação à tendência de longo prazo, com indícios de aumento na tendência de curto prazo. Os casos por vírus sincicial respiratório (VSR) e influenza A apresentam uma queda na maioria das regiões, enquanto os casos positivos por Sars-CoV-2 (covid-19) continuam em destaque.

Diante desse cenário, a pesquisadora Tatiana Portela, do Programa de Processamento de Computação Científica da Fiocruz (Procc/Fiocruz) e responsável pelo Boletim InfoGripe, ressaltou a importância da vacinação em dia, principalmente para os grupos de risco. Segundo ela, mesmo com a redução dos casos de influenza A, é essencial manter a imunização contra a influenza B atualizada.

No total, foram notificados 115.152 casos de SRAG no ano epidemiológico de 2024, com prevalência de VSR, influenza A, Sars-CoV-2 (covid-19) e influenza B. A incidência e mortalidade da síndrome têm impactado de forma mais acentuada as faixas etárias mais extremas, com destaque para as crianças até 2 anos e os idosos acima de 65 anos.

Diante desses números, é fundamental que a população esteja atenta às recomendações das autoridades de saúde e adote medidas de prevenção, como a vacinação e a adoção de práticas de higiene e distanciamento social, a fim de conter o avanço dessas doenças respiratórias.

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