Na última terça-feira (20), os senadores aprovaram o pedido de urgência para votar o PDL (projeto de decreto legislativo) que busca revogar partes do decreto de armas do governo Lula. Além do impacto negativo desse projeto no combate à violência, ele também levanta preocupações sobre a tranquilidade e segurança nas proximidades das escolas. O barulho constante de tiros em clubes de tiro pode ser perturbador, como no caso da cidade gaúcha de Santo Augusto, que proibiu a instalação desses clubes a menos de 3 km das instituições de ensino devido a reclamações da população.
Outros pontos polêmicos do projeto incluem a flexibilização dos critérios para colecionamento de armas de fogo, permitindo uma possível brecha para aquisição de armamentos sem o devido controle. Além disso, a inclusão de armas de gás comprimido, que podem ter potencial lesivo superior a armas de fogo, e a eliminação do requisito da habitualidade para tiro desportivo são aspectos que geram preocupação.
Diante desse contexto preocupante, a atitude dos senadores em aprovar um projeto que coloca em risco a segurança das crianças em todo o país representa uma escolha questionável. Em um período onde 3 em cada 10 crianças são vítimas de mortes violentas causadas por armas de fogo, a decisão do Senado Federal em permitir a proximidade de clubes de tiro com as escolas é um retrocesso preocupante para a sociedade brasileira.