Pochmann ressaltou a relevância dos cadastros e registros administrativos como instrumentos de organização e monitoramento de políticas públicas. No entanto, alertou para a descredibilização constante dos dados na internet, destacando a importância de se valorizar as estatísticas produzidas pelo IBGE.
O presidente do IBGE abordou a questão da inflação, explicando que a variação média dos preços dos produtos em determinado período não significa que o índice esteja incorreto, já que alguns produtos podem ter variações maiores ou menores do que outros. Ele também apontou que a “vulgarização de dados” está relacionada à falta de produção e exportação de bens e serviços digitais no Brasil, bem como à ausência de letramento digital na população.
Para Pochmann, o Instituto tem potencial para avançar e utilizar informações da era digital, mas ressaltou a necessidade de valorizar o trabalho dos funcionários e repensar a estrutura organizacional do IBGE. Ele mencionou a reabertura da Casa Brasil IBGE, um espaço que reúne a história do instituto e suas perspectivas futuras, como parte dos esforços para fortalecer a instituição.
Em meio às discussões sobre os desafios enfrentados pelo IBGE e a importância de se fortalecer a produção de dados confiáveis, a inauguração da Casa Brasil IBGE em maio deste ano representa um marco para a valorização e preservação da memória do instituto. Com a expectativa de um novo plano de trabalho até 2025, o Instituto busca adaptar-se às demandas da era digital e continuar cumprindo sua missão de retratar a realidade nacional.
