Operações policiais suspendem aulas em 25 escolas no Rio de Janeiro e resultam em confrontos nos complexos da Maré e Chapadão.

Nesta quarta-feira (21), o Rio de Janeiro mais uma vez foi palco de operações policiais que resultaram na suspensão das aulas em 25 escolas do município. As forças de segurança voltaram ao complexo da Maré, localizado na zona norte, pelo quinto dia consecutivo, com o objetivo de demolir construções utilizadas pelo tráfico de drogas, combater roubos e coibir a venda de entorpecentes.

De acordo com a secretaria municipal de educação, as ações no complexo da Maré afetaram diretamente 24 escolas, que tiveram suas atividades interrompidas. Além disso, no Complexo do Chapadão, também na zona norte da cidade, três suspeitos foram alvejados em confronto com agentes do 41º BPM (Irajá). Na operação, um fuzil, duas pistolas, uma granada e drogas foram apreendidos. Como consequência, uma escola do município teve que suspender as aulas.

Os indivíduos baleados foram socorridos ao Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, mas não há informações disponíveis sobre o estado de saúde deles. Segundo investigações policiais, o tráfico de drogas costuma utilizar ônibus como barricadas em forma de protesto contra incursões policiais. Como medida de segurança, a polícia posicionou viaturas em todos os acessos à comunidade para evitar represálias.

No dia 14 deste mês, nove ônibus foram sequestrados e utilizados como barricadas em Anchieta, após uma operação no Chapadão. O sindicato das empresas de ônibus relatou que nos últimos 12 meses, 147 veículos foram alvo desse tipo de ação por parte de organizações criminosas na cidade.

A Polícia Civil informou que as investigações apontam para a utilização da comunidade do Parque União, na Maré, como local para lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas, por meio da construção de empreendimentos. A facção criminosa chega a colocar pessoas em cada unidade habitacional para dificultar as demolições, sendo que na primeira fase da operação, cerca de 90% dos prédios estavam vazios.

Nos dois primeiros dias desta semana, 18 prédios foram descaracterizados, totalizando 115 unidades. A continuidade da operação é considerada fundamental não só para concluir as demolições, mas também para garantir a segurança dos moradores da comunidade, uma vez que as construções irregulares representam um risco de desabamento.

Em meio a essas ações policiais intensas, a população do Rio de Janeiro segue convivendo com a rotina de violência e insegurança, evidenciando a necessidade de políticas públicas efetivas para enfrentar o problema do tráfico de drogas e da criminalidade na cidade.

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