Repórter São Paulo – SP – Brasil

Ministro Flávio Dino envia lista de possíveis irregularidades em “orçamento secreto” do TCU para a PGR investigar após decisão do STF.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, tomou uma importante decisão nesta quarta-feira (21) ao encaminhar à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma lista com 21 processos do Tribunal de Contas da União (TCU) que indicam possíveis irregularidades nas emendas parlamentares RP9, também conhecidas como “orçamento secreto”. Essa lista foi enviada pelo TCU a pedido do ministro, e agora a PGR terá a oportunidade de tomar as medidas necessárias, incluindo a abertura de investigações.

Essa ação de Flávio Dino ocorreu após uma reunião de conciliação envolvendo representantes do Congresso, do governo federal e do TCU. Esses órgãos formaram uma comissão para cumprir uma determinação do STF que considerou inconstitucional o “orçamento secreto”, exigindo mais transparência e rastreabilidade nos repasses de recursos a deputados e senadores.

Durante a reunião, o Executivo federal propôs migrar todo o sistema de pagamento de emendas para a plataforma Transfere.gov, o que permitirá ao TCU e à Controladoria-Geral da União (CGU) acessarem os dados financeiros em tempo real. Em dezembro de 2022, o STF declarou inconstitucionais as emendas RP9, levando o Congresso a aprovar uma resolução para mudar as regras de distribuição de recursos por emendas de relator.

Após a aposentadoria da ministra Rosa Weber, Flávio Dino assumiu o caso e determinou que as emendas RP9 sigam critérios de rastreabilidade. Ele também solicitou que a CGU audite os repasses feitos pelos parlamentares por meio dessas emendas do “orçamento secreto”, após concluir que o Congresso não estava cumprindo a determinação de transparência da Corte.

Com todas essas ações, o ministro Flávio Dino está demonstrando um compromisso com a transparência e a legalidade no uso dos recursos públicos, buscando garantir que as emendas parlamentares sejam utilizadas de forma correta e em conformidade com a Constituição. A expectativa agora é que a PGR tome as medidas necessárias para investigar as possíveis irregularidades apontadas pelo TCU e garantir a integridade do processo legislativo.

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