O destaque negativo ficou por conta da carteira de crédito comercial, que apresentou o índice mais alto de inadimplência, atingindo 5,83%, um aumento de 0,5 ponto percentual em relação ao ano anterior. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelo crédito com recursos livres para empresas, onde a inadimplência chegou a 7,01%, um acréscimo de 1,1 ponto percentual no mesmo período analisado.
Por outro lado, o crédito imobiliário, que é o carro-chefe da instituição, apresentou uma inadimplência de 1,55%, registrando uma queda de 0,53 ponto percentual em relação ao ano anterior e de 0,17 ponto percentual em apenas um trimestre.
Um dado que chamou atenção foi a inadimplência no crédito para infraestrutura, que passou de 3,67% em junho do ano passado para zero no mesmo período deste ano. Tal redução se deu, em parte, pela diminuição de operações de um cliente específico que vinha impactando os índices nos trimestres anteriores.
Na carteira de agronegócio, a inadimplência da Caixa encerrou o trimestre em 2,11%, apresentando um crescimento de 1,64 ponto percentual em relação ao ano anterior. Esse aumento nos atrasos se deu, em grande parte, devido à compressão de margens dos produtores rurais, que acabaram postergando pagamentos até o lançamento do Plano Safra 2024/2025, em julho.
Esses números demonstram a complexidade e a dinâmica do mercado de crédito e de como as instituições financeiras como a Caixa estão constantemente monitorando e buscando alternativas para minimizar os riscos e garantir uma carteira saudável de crédito.