O reajuste oferecido é de 27% para os servidores de carreira e de 15,5% para os do Plano Especial de Cargos (PECs), dividido em duas parcelas que serão pagas nos anos de 2025 e 2026. A proposta foi aceita por 69% dos presentes na assembleia, resultando em 1.969 votos favoráveis, 868 contrários e 23 abstenções, de acordo com o Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências).
O presidente do sindicato, Fabio Rosa, comemorou o resultado da votação, destacando que, embora o acordo final ainda não contemple todas as demandas da categoria, representa uma conquista significativa para os servidores. Ele ressaltou que a proposta aprovada foi a segunda melhor dentre mais de 60 mesas de negociação abertas pelo governo.
Além do reajuste salarial, o governo se comprometeu a formar um grupo de trabalho nos próximos 180 dias para discutir outras reivindicações dos servidores que não foram contempladas no acordo, como a alteração da nomenclatura de cargos.
A paralisação e redução das atividades dos servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foram temas de preocupação para empresários da indústria da saúde, que recentemente manifestaram suas queixas diretamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A paralisação, que ocorreu pela segunda vez em menos de um mês, causou impactos no setor. A exceção foi a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que não participou da paralisação devido ao acidente aéreo envolvendo a VoePass. Na Anvisa, a operação-padrão vinha sendo realizada há cerca de dois meses, de acordo com fontes ligadas ao sindicato.