Óculos de funcionária desaparecida são encontrados; ex-presidente da Apae de Bauru é preso e caso é tratado como homicídio.

A Polícia Civil de Bauru (SP) anunciou na noite desta terça-feira (20) uma importante descoberta no caso do desaparecimento de Claudia Regina da Rocha Lobo, funcionária da Apae da cidade, que está sendo tratado como homicídio. Os óculos da vítima foram encontrados pela polícia, levando a mais evidências contra o ex-presidente da associação, Roberto Franceschetti Filho, que foi preso na semana passada sob suspeita de envolvimento no caso.

De acordo com o delegado Cledson Nascimento, responsável pelo inquérito, os óculos foram reconhecidos por familiares de Claudia, e agora passarão por perícia para ajudar nas investigações. A descoberta aconteceu durante buscas realizadas às margens da rodovia Cesário José Castilho, que liga Bauru a Arealva.

Além disso, a polícia confirmou que um exame balístico realizado entre um estojo de projétil encontrado em um veículo abandonado e uma pistola calibre 380 apreendida na residência de Franceschetti Filho deu positivo. Isso reforça a suspeita de que a funcionária da Apae possa ter sido assassinada no dia do seu desaparecimento.

A defesa de Franceschetti Filho, no entanto, diz que ainda não teve acesso a essa parte do inquérito e não pode opinar sobre o resultado do confronto balístico. O ex-presidente da Apae já prestou depoimento à polícia e afirmou ser inocente, mas a corporação segue tratando o caso como homicídio e não vê chances de encontrar Claudia com vida.

O sumiço de Claudia ocorreu no dia 6 de agosto, quando ela foi vista deixando o prédio da Apae. Câmeras de segurança mostram a secretária-executiva entrando em um carro da entidade e desde então não foi mais vista. Enquanto isso, familiares e amigos continuam mobilizados em busca de respostas.

A direção da Apae declarou estar surpresa com as suspeitas envolvendo Franceschetti Filho e ressaltou que o caso não tem relação com os serviços prestados pela entidade, que segue atendendo normalmente. Com 59 anos de história em Bauru, a Apae conta com 300 funcionários e continua colaborando com as investigações para esclarecer o desaparecimento de Claudia.

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