O Plano de Transformação Ecológica (PTE), elaborado pelo governo federal, surge como uma ferramenta essencial para impulsionar esse movimento em direção a uma agenda mais sustentável. Entretanto, apesar do Brasil ocupar uma posição de destaque na política global, sediando conferências importantes como a COP, as contradições e conflitos internos são evidentes.
Enquanto alguns setores do governo demonstram alinhamento com políticas públicas responsáveis e orientadas para o futuro, como os Ministérios do Meio Ambiente e da Fazenda, outros, como a Casa Civil, o Ministério de Minas e Energia e o Ministério da Agricultura, apresentam argumentos dissonantes e posições contraditórias. Essa dualidade cria desafios para a implementação eficaz do Plano de Transformação Ecológica.
A importância de um Brasil potência verde, seja na segurança alimentar de baixo carbono, na produção de energias renováveis ou na preservação da biodiversidade, é fundamental para garantir um futuro sustentável. No entanto, a falta de centralidade política do PTE pode comprometer a efetividade dessas ações e a liderança do país em questões ambientais globais.
Diante de uma agenda internacional cada vez mais focada na emergência climática, o reposicionamento do Plano de Transformação Ecológica se apresenta como uma oportunidade para o Brasil inovar institucionalmente e garantir seu protagonismo global. É fundamental alinhar as contradições internas e estabelecer uma visão e um plano nacional de Estado que viabilizem parcerias e ações concretas em prol do desenvolvimento sustentável.
Ainda há tempo para que o Brasil se posicione como líder na agenda ambiental global, mas é necessário agir com urgência e determinação para transformar as intenções em ações efetivas. Cada passo dado em direção a uma política mais verde e justa contribui para a construção de um futuro mais sustentável e equitativo para as gerações presentes e futuras.