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Fumaça das queimadas na Amazônia e Pantanal chega a Santa Catarina, causando impactos na saúde da população, alerta Defesa Civil

A fumaça proveniente das queimadas na Amazônia e Pantanal atingiu o estado de Santa Catarina na última sexta-feira (16), conforme relatos da Defesa Civil local. A presença desse fenômeno pode acarretar diversos problemas de saúde, tais como dificuldade para respirar, tosse e irritação nos olhos.

Segundo o meteorologista Felipe Theodorovitz, a fumaça é, na verdade, uma fuligem fina que alcançou o Sul do Brasil devido aos ventos que propagam os incêndios ocorridos no Centro-Oeste e Norte do país. O mês de agosto é considerado o período de menor índice pluviométrico na região Sul e no Centro-Oeste, o que resulta em maior aridez da vegetação, propiciando assim a propagação das queimadas.

As últimas semanas têm sido marcadas por queimadas na Amazônia e no Pantanal, sendo que esses incêndios são comuns nessa época do ano. No entanto, um estudo da rede de cientistas WWA apontou que as mudanças climáticas podem aumentar em até 40% a incidência de incêndios nessas áreas.

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), somente no domingo (18), foram registrados 852 focos ativos de queimadas na Amazônia e 125 no Pantanal. Desde o início do mês, a floresta amazônica acumula 16.710 focos e o Pantanal, 2.862.

A fumaça tem sido mais perceptível no oeste de Santa Catarina, acompanhada de nevoeiros que chegaram a afetar as operações no Aeroporto de Florianópolis. A previsão é que a fumaça comece a se dissipar a partir da quinta-feira (21), graças à formação de uma frente fria que alterará o padrão de ventos na região.

O pneumologista Ricardo Malinverni alerta para os impactos da fumaça na saúde, principalmente em grupos de risco como pessoas com doenças respiratórias, idosos e crianças. Recomenda-se ingerir bastante água e evitar sair de casa em momentos de maior intensidade da fumaça para prevenir complicações respiratórias.

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