Repórter São Paulo – SP – Brasil

Número de candidaturas nas eleições municipais de 2022 registra queda inédita desde 2008, aponta Justiça Eleitoral.

O cenário político para as eleições municipais de outubro deste ano está se desenhando de forma atípica, com uma redução significativa no número de candidaturas registradas perante a Justiça Eleitoral. Pela primeira vez desde 2008, observa-se uma queda no total de postulantes aos cargos de vereadores, prefeitos e vice-prefeitos em todo o país.

De acordo com informações divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram recebidos 455 mil pedidos de candidaturas através da plataforma DivulgaCand, que concentra os registros eleitorais. O prazo final para o cadastramento encerrou-se no dia 15 de agosto, resultando em 15.434 inscrições para prefeito, 15.531 para vice-prefeito e 424.750 para vereador, números que ainda podem sofrer alterações.

Em comparação com as eleições municipais passadas, o panorama atual revela uma diminuição nas candidaturas, sendo que em 2020 foram registrados 557.678 postulantes, 496,9 mil em 2016, 482,8 mil em 2012 e 381,3 mil em 2008. Esses dados indicam uma tendência de redução na participação de candidatos nos pleitos eleitorais ao longo dos anos.

Ao analisar o perfil dos candidatos inscritos, nota-se que a maioria se autodeclara negra, composta por pardos e pretos, sendo 52% do total. No que se refere ao gênero, 66% dos candidatos são do sexo masculino e 34% do sexo feminino. Quanto à ocupação profissional, a maioria dos postulantes informou ser empresária, seguida por servidores públicos e agricultores.

Em relação à formação educacional dos candidatos, a maior parte possui ensino médio completo, seguido por ensino superior completo, fundamental completo e fundamental incompleto. Além disso, foi observado que a maioria dos candidatos se identificam como cisgêneros e a maioria informou ser heterossexual, com uma pequena porcentagem de candidatos que se declaram gays, lésbicas ou bissexuais.

O processo de registro das candidaturas está em andamento, com as inscrições sendo submetidas à análise dos juízes eleitorais. Possíveis inelegibilidades, como contas irregulares julgadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), podem resultar na impugnação das candidaturas. Durante esse período, as candidaturas podem ser contestadas por adversários políticos, partidos e pelo Ministério Público Eleitoral.

Com o primeiro turno das eleições marcado para o dia 6 de outubro e a possibilidade de segundo turno em 27 de outubro em municípios com mais de 200 mil eleitores, a definição do cenário político para as eleições municipais continua em processo de construção, com os candidatos respondendo às exigências legais e aguardando a decisão dos juízes eleitorais.

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