No entanto, a Justiça negou a solicitação de suspensão dos voos, impondo multas e determinando que a companhia quitasse seus débitos trabalhistas. Mesmo em processo de recuperação judicial, a Voepass afirmou que trata devidamente das questões trabalhistas e atua em conformidade com as rígidas normas de segurança do setor aéreo.
Recentemente, um trágico acidente envolvendo um avião da Voepass na cidade de Vinhedo (SP) gerou novas preocupações sobre a segurança da empresa. O MPT abriu uma nova investigação para examinar as condições de trabalho dos tripulantes a bordo do voo, em meio a relatos de atrasos salariais, fornecimento inadequado de equipamentos de proteção e jornadas excessivas de trabalho.
A Procuradoria em Ribeirão Preto recebeu denúncias sobre falhas na segurança no ambiente de trabalho da empresa, levando o procurador Henrique Correia a informar a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) sobre a situação dos profissionais. No entanto, a Anac considerou que as denúncias se referem a questões trabalhistas fora de sua competência.
O caso do acidente aéreo da Voepass está sendo investigado pelo Cenipa, órgão responsável por apurar as causas de acidentes aeronáuticos. A Procuradoria do Trabalho em Campinas também iniciou uma investigação sobre o ocorrido, tratando o caso como acidente de trabalho.
A procuradora Luana Lima Duarte ressaltou a importância de não atribuir culpa somente à tripulação, sem analisar cuidadosamente as condições de trabalho e as circunstâncias do acidente. Além disso, relatos anônimos de profissionais de manutenção de aeronaves apontam para condições precárias de trabalho na Voepass, embora sem provas de negligência da empresa.
Diante dessas informações, a Voepass se pronunciou destacando seus esforços para cumprir os compromissos trabalhistas, além de ressaltar o cumprimento das normas internacionais de segurança na aviação. A empresa reiterou seu compromisso com a excelência operacional e a segurança de suas operações.