O modelo ATR-72, utilizado no voo, estava com a documentação regularizada e autorizado para operar, de acordo com informações da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Além disso, a companhia aérea Voepass afirma ter realizado a manutenção de rotina na aeronave um dia antes do trágico acidente. A tripulação, composta pelo piloto e copiloto experientes, também passou pela avaliação das autoridades aéreas, comprovando a competência profissional de ambos.
Os vídeos registrados por moradores de Vinhedo mostrando a queda da aeronave em posição horizontal, executando uma manobra conhecida como “parafuso chato”, indicam que o piloto possivelmente tenha perdido o controle da aeronave. Especialistas apontam que o piloto pode ter enfrentado dificuldades para arremeter, o que contribuiu para a perda do controle durante o voo.
O voo 2283 tinha como rota o trajeto de Cascavel (PR) para Guarulhos (Grande São Paulo), no entanto, caiu na área de uma residência localizada em Vinhedo. Segundo informações da FAB (Força Aérea Brasileira), o avião deixou de responder às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo, sem emitir um pedido de emergência. A análise das caixas-pretas será fundamental para esclarecer os acontecimentos que levaram à queda da aeronave.
Diversas hipóteses estão sendo levantadas para explicar a tragédia, incluindo a possibilidade de formação de gelo nas asas da aeronave devido às condições meteorológicas adversas. A investigação continua em andamento, considerando que vários fatores ambientais e técnicos podem ter contribuído para o acidente.
A identificação das vítimas e o trabalho da polícia técnico-científica de São Paulo também são pontos relevantes nas investigações. A finalização do trabalho de necropsia dos corpos e a identificação dos passageiros já estão sendo realizadas, visando dar o devido suporte às famílias das vítimas.
Outro destaque é a gravação da caixa-preta que contém cerca de duas horas de diálogos da tripulação, sendo fundamental para entender os eventos que antecederam a queda da aeronave. Informações sobre gritos e solicitações de mais potência por parte do copiloto revelam momentos críticos dentro da cabine, que podem ter contribuído para o desfecho trágico do voo.
Em suma, as investigações seguem em andamento para esclarecer os motivos que levaram à queda do voo 2283 da Voepass, trazendo luz para a trágica situação que impactou não apenas as famílias das vítimas, mas todo o setor da aviação civil no Brasil.