Segundo fontes apuradas pela reportagem, o nome mais forte para assumir a presidência do BC é o do diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo. Apesar de ainda não haver confirmação oficial por parte de Lula, o favoritismo de Galípolo tem se fortalecido nos bastidores.
Caso seja escolhido, o indicado terá que passar por uma sabatina no Senado. O governo federal está trabalhando para evitar oposições ao novo nome e, após a decisão de Lula, líderes do governo já começariam a articular a aprovação do futuro chefe do Banco Central no Congresso.
Além da escolha do novo presidente do BC, Lula também planeja indicar mais dois diretores de forma conjunta, conforme informações obtidas pela reportagem. Essa estratégia visa facilitar a validação dos três nomes pelo Parlamento.
A proposta do Palácio do Planalto tem sido bem recebida no Ministério da Fazenda. Os diretores atuais de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, e de Regulação terminam seus mandatos em dezembro de 2024 e devem ser substituídos.
A pressa do governo em fazer a indicação se deve ao encerramento do mandato de Roberto Campos Neto à frente do BC em dezembro. Sendo a primeira substituição na presidência sob o sistema de mandatos fixos no Banco Central, iniciado em 2021, a escolha do novo presidente é vista como fundamental para dar continuidade à política monetária do país.
A antecipação da indicação também é estratégica para reduzir as chances de derrota no Congresso, evitar surpresas econômicas e diminuir o poder de Campos Neto no BC, que tem sido alvo de críticas por parte de Lula. Mesmo com as incertezas do mercado financeiro, a escolha do novo presidente do Banco Central é aguardada com expectativa.