De acordo com o Ministério Público Federal, os principais líderes do esquema receberam as penas mais altas, sendo uma de 39 anos e 8 meses e outra de 26 anos e 3 meses de prisão. Esses indivíduos eram responsáveis por adquirir a droga, aliciar outros criminosos, realizar pagamentos e fornecer celulares para comunicação dentro do aeroporto. Além disso, mantinham conexões com facções criminosas.
Os demais réus atuavam em funções de comando, coordenando a logística para o envio da droga ao exterior. Algumas destas pessoas trabalhavam em empresas prestadoras de serviços no terminal do aeroporto e recrutavam colegas para trocar etiquetas nas bagagens, facilitando o transporte da cocaína.
A operação que resultou na prisão dos 16 suspeitos, incluindo os condenados, foi denominada Operação Colateral e teve início após a injusta prisão de um casal de brasileiras que foi acusado de transportar 40 kg de cocaína em suas bagagens. A investigação revelou que o grupo já havia realizado envios semelhantes para aeroportos de Lisboa e Paris, onde a droga foi apreendida.
A advogada que representa as brasileiras presas na Alemanha não se pronunciou sobre as condenações. Na época das prisões, uma das vítimas comemorou o desmantelamento da quadrilha responsável pelo envio de drogas, que as colocou em situação de vulnerabilidade ao despachar suas malas. Este caso é mais um exemplo dos perigos do tráfico de drogas e da importância da atuação das autoridades para combater este tipo de crime.
