Em relação ao mesmo período de 2023, o IBC-Br teve uma alta de 2,8%, sem ajustes sazonais, já que a comparação foi feita entre meses iguais. No mês de junho deste ano, o índice cresceu 1,4% em relação a maio, atingindo 152,09 pontos, de acordo com os dados dessazonalizados. Em comparação com junho de 2023, houve um aumento de 3,2%.
No acumulado do ano, o indicador apresentou um crescimento de 2,1%, enquanto em 12 meses registrou uma alta de 1,6%. O IBC-Br é um importante indicador que fornece informações sobre a evolução da atividade econômica no país e auxilia o Banco Central na tomada de decisões relacionadas à taxa básica de juros, a Selic.
A Selic, atualmente em 10,5% ao ano, é definida pelo Comitê de Política Monetária do BC e impacta diretamente o controle da inflação. O aumento da taxa básica de juros visa conter a demanda aquecida, provocando reflexos nos preços e incentivando a poupança. Por outro lado, a redução dos juros busca estimular a produção e o consumo, mas pode enfraquecer o controle da inflação.
O IBC-Br adota uma metodologia diferente em relação ao cálculo do Produto Interno Bruto (PIB), que é o indicador oficial da economia brasileira medido pelo IBGE. Embora o IBC-Br não seja exatamente uma prévia do PIB, ele contribui para a formulação da política monetária do país.
No primeiro trimestre deste ano, o indicador registrou um crescimento de 2,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Já o PIB oficial do segundo trimestre será divulgado pelo IBGE no dia 3 de setembro. Em 2023, a economia brasileira surpreendeu as projeções ao crescer 2,9%, alcançando um valor total de R$ 10,9 trilhões. Em 2022, o crescimento havia sido de 3%.