No entanto, a realidade das obras em Nusantara está longe do ideal imaginado. Relatos de desmatamento desenfreado e remoção de comunidades locais provocaram críticas de ativistas ambientais. O projeto, que inclui concessões de terras a investidores estrangeiros por 190 anos, levantou preocupações sobre a sustentabilidade e os impactos a longo prazo.
Além disso, a cidade enfrenta crises imediatas, como a escassez de água, evidenciando os desafios de criar uma nova capital em meio a questões ambientais e sociais desafiadoras. O baixo interesse de investidores externos torna ainda mais complexa a situação, frustrando as expectativas do presidente Joko Widodo.
O caso da Indonésia reflete uma tendência global de planejar novas cidades como soluções para problemas urbanos existentes. A Tailândia também está considerando mudar sua capital devido às mudanças climáticas. No entanto, especialistas alertam que a realocação não é necessariamente a solução mais sustentável, defendendo abordagens baseadas na natureza, como as cidades-esponja.
Enquanto líderes políticos buscam soluções para cidades sob pressão, como Jacarta e Bancoc, é fundamental considerar a viabilidade e os impactos de longo prazo desses projetos de realocação. A história de outras novas capitais, como Sejong na Coreia do Sul e Naypyidaw em Mianmar, destaca os desafios enfrentados e a importância de envolver a comunidade e garantir a sustentabilidade.
A construção de uma nova capital é um empreendimento complexo que requer planejamento cuidadoso, considerando não apenas as questões ambientais, mas também as necessidades e expectativas da população. Enquanto o presidente Joko Widodo busca concretizar sua visão de uma cidade-floresta, a Indonésia e o mundo observam com atenção as transformações em curso e os desafios futuros que se apresentam.