Os manifestantes tentaram bloquear as entradas do campus com bancos, cadeiras e mesas, levando a direção da Uerj a suspender as aulas no Maracanã. O tumulto teve início quando seguranças da universidade tentaram forçar passagem no hall de elevadores próximo à entrada do portão 5, uma das principais entradas do campus.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o confronto entre estudantes e funcionários que tentavam desmontar as barreiras. A Uerj repudiou as ações dos alunos, classificando a obstrução do prédio como inaceitável e informando que medidas estão sendo tomadas para garantir a normalidade das atividades.
Em nota, a Reitoria da Uerj afirmou que considera as ações de obstrução como inaceitáveis e que determinou a abertura de uma sindicância para apuração dos fatos e identificação dos envolvidos. A instituição alega enfrentar dificuldades para obter os recursos necessários ao funcionamento das bolsas e afirma que, devido à insuficiência orçamentária, os programas de auxílio aos estudantes precisam ser revistos para não prejudicar os mais vulneráveis.
Estima-se que com as reformas, 1.400 alunos possam perder o amparo da universidade. Em entrevista à Folha, a reitora Gulnar Azevedo e Silva destacou a situação difícil em relação ao orçamento e a necessidade de uma engenharia financeira para lidar com a questão. A reitora alertou que a revogação da medida, conforme solicitado pelos estudantes, poderia acarretar em graves consequências devido à falta de recursos para custeio das bolsas.
O diálogo entre a instituição e os estudantes é fundamental para encontrar soluções que atendam às demandas da comunidade acadêmica, garantindo a continuidade das atividades e o acesso dos alunos aos programas de auxílio que são essenciais para a permanência e êxito dos universitários.