Na sua fala, Campidelli ressaltou a importância da estrutura necessária para que a Polícia Federal possa desempenhar suas funções de fiscalização de forma eficaz. Ele destacou que, se os recursos para a contratação de terceirizados não forem liberados até outubro, a fiscalização dos CACs não poderá ser iniciada de maneira adequada.
Atualmente, a responsabilidade sobre os CACs é do Exército, mas a partir de 1º de janeiro de 2025, será transferida integralmente para a Polícia Federal. Diante disso, a PF solicitou ao Ministério da Justiça e Segurança Pública a criação de 3.000 cargos para assumir todas as atribuições relacionadas aos CACs, porém ainda aguarda retorno da pasta responsável pela liberação de recursos.
Campidelli também mencionou que a contratação de concursados já não é viável dentro do prazo estipulado e ressaltou a necessidade urgente da chegada de recursos para a contratação de 600 administrativos. O ministro Ricardo Lewandowski tem buscado apoio junto aos ministérios do Planejamento e da Gestão para viabilizar o orçamento necessário para as políticas relacionadas aos CACs.
Além disso, Campidelli pontuou que o decreto do presidente Lula marcou uma mudança na política de controle de armas, freando a flexibilização adotada no governo anterior. Um relatório do Tribunal de Contas da União apontou falhas graves na atuação do Exército em relação aos CACs, destacando casos de condenados pela Justiça que obtiveram registro de CAC.
Durante o evento, o general Marcus Alexandre Fernandes de Araújo, diretor de Fiscalização de Produtos Controlados do Exército, defendeu o trabalho da instituição e ressaltou o empenho dos responsáveis pela fiscalização. Foi também mencionado que os CACs terão um sistema próprio na PF, o Sinarm CAC, cedido pelo Exército e que será fundamental para o controle e monitoramento desses grupos.
