Repórter São Paulo – SP – Brasil

Ativista ecologista Paul Watson é mantido na prisão na Groenlândia até setembro por acusações ligadas à caça de baleias.

O tribunal de Nuuk, território autônomo dinamarquês, decidiu nesta quinta-feira (15) manter o ativista ecologista Paul Watson na prisão até 5 de setembro. A decisão foi tomada em relação a um pedido de extradição feito pelo Japão, relacionado à militância de Watson contra a caça de baleias. O ativista canadense-americano de 73 anos foi preso em 21 de julho em Nuuk, quando seu navio estava reabastecendo para seguir viagem e interceptar um baleeiro japonês no Pacífico Norte, conforme informado pela Fundação Captain Paul Watson.

A detenção de Watson foi decorrente de um aviso vermelho emitido pela Interpol em 2012, a pedido do Japão, que o acusa de danificar um navio baleeiro e ferir um marinheiro ao alegadamente jogar uma bomba de mau cheiro. Ao lado da Noruega e Islândia, o Japão é um dos poucos países que ainda autorizam a caça comercial de baleias. Watson realizou diversas operações para deter os baleeiros, utilizando armas acústicas, canhões de água e bombas de mau cheiro para impedir a caça.

A decisão do tribunal da Groenlândia de prolongar a prisão de Watson até setembro visa garantir sua presença durante a decisão sobre a extradição, cuja data ainda não foi divulgada. A prisão do ativista gerou tensão entre Dinamarca, Groenlândia e Japão, destacando a luta contínua contra a caça de baleias em nível internacional.

Paul Watson é conhecido por sua atuação em defesa do meio ambiente e dos animais marinhos, sendo fundador de diversas organizações ambientalistas que lutam pela preservação dos oceanos e espécies marinhas. Sua detenção e o pedido de extradição evidenciam os embates entre ativistas e países que ainda praticam a caça de baleias, revelando a importância da conscientização e ação em prol da proteção dos ecossistemas marinhos.

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