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Projeto de Lei propõe inclusão de mães ou pais atípicos como segurados facultativos da Previdência com alíquota reduzida

Na última quarta-feira, dia 14 de agosto de 2024, o deputado Glaustin da Fokus apresentou o Projeto de Lei 1225/24, que tem como principal objetivo incluir as mães ou pais atípicos como segurados facultativos do Regime Geral de Previdência. Essa proposta permitiria que esses pais ou mães contribuíssem com 5% sobre o salário de contribuição, uma alíquota reduzida que atualmente só é permitida para microempreendedores individuais e trabalhadores domésticos de famílias de baixa renda.

A definição de pais ou mães atípicos engloba aqueles que possuem filhos ou dependentes com alguma doença ou condição de saúde que requer cuidados especiais. De acordo com o deputado Glaustin da Fokus, na realidade brasileira, a maioria dessas mães atípicas não possui renda suficiente para contratar alguém para auxiliar nos cuidados com seus filhos, o que muitas vezes as leva a abandonar o emprego para se dedicar exclusivamente a essa tarefa.

A proposta de permitir a contribuição de pais ou mães atípicos como segurados facultativos é um passo importante para a inclusão e proteção dessas famílias. Atualmente, a Lei Orgânica da Seguridade Social permite que qualquer pessoa maior de 14 anos que não exerça atividade remunerada contribua com 11% sobre o salário de contribuição como segurado facultativo.

No entanto, é importante ressaltar que a contribuição facultativa não garante o direito à aposentadoria por tempo de contribuição previdenciária, sendo restrita aos que contribuem com 20% do salário. A aposentadoria para quem contribui com 11% ou 5% é concedida apenas por idade.

A proposta agora seguirá para análise nas comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência; de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para se tornar lei, o projeto precisa ser aprovado tanto pela Câmara dos Deputados quanto pelo Senado.

Com isso, espera-se que as mães e pais atípicos tenham mais um mecanismo de amparo para garantir a proteção previdenciária de suas famílias. Este é um avanço importante no sentido de garantir direitos e igualdade para todos os cidadãos brasileiros.

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