Repórter São Paulo – SP – Brasil

Educação básica brasileira apresenta estagnação, com leve aumento nos anos iniciais e queda nos anos finais, aponta Ideb 2023.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2023 revela um cenário de estagnação no sistema educacional brasileiro. Segundo os dados apresentados, houve um leve aumento nos índices de desempenho dos anos iniciais do ensino fundamental e do ensino médio, enquanto houve uma leve queda nos anos finais.

Os resultados do Ideb apontam que, apesar do avanço em relação a 2021, os níveis de aprendizado ainda estão abaixo dos registrados antes da pandemia. Isso se reflete nas notas de português e matemática das três etapas avaliadas: anos iniciais e finais do ensino fundamental, e ensino médio.

O Ideb, elaborado a cada dois anos para as diferentes etapas educacionais, é calculado a partir da taxa de aprovação das escolas e das médias de desempenho dos alunos em avaliações de matemática e português. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), vinculado ao Ministério da Educação, é o órgão responsável por esse trabalho.

Ao apresentar os resultados, o ministro Camilo Santana destacou a importância do Ideb como indicador fundamental da qualidade da educação básica. Nos anos iniciais, o Ideb atingiu a marca de 6, enquanto nos anos finais ficou em 5 e, no ensino médio, alcançou 4,3.

É importante ressaltar que, embora tenham ocorrido melhorias em relação a 2021, as médias ainda estão aquém do esperado, principalmente se comparadas aos índices pré-pandemia. O ensino médio, em particular, continua sendo um dos maiores desafios da educação básica, com a necessidade de implementação de reformas estruturais.

O Ideb é essencial para orientar os gestores educacionais na tomada de decisões e serve como base para a distribuição de recursos financeiros. Com o novo Fundeb, a redução das desigualdades de aprendizagem entre os alunos é um dos critérios para acessar os recursos destinados à educação básica.

Em resumo, os resultados do Ideb de 2023 refletem avanços, mas também evidenciam a necessidade de políticas educacionais mais eficazes e investimentos contínuos na melhoria da qualidade do ensino no Brasil.

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