Antes da greve, os rodoviários pleiteavam um aumento de 5% acima da inflação do último período, que foi de 3,7%. As empresas, por sua vez, ofereceram um reajuste de 4,2%, o que representaria um aumento real de 0,5% considerando a perda do poder aquisitivo devido à inflação no último ano.
O acordo prevê que o reajuste de 4,2% incidirá sobre todos os valores financeiros, com exceção do abono salarial e do vale-alimentação, que será aumentado de R$ 366 para R$ 400 mensais. Além disso, o piso salarial dos motoristas na Grande Recife foi estabelecido em R$ 3.189,80, e os motoristas que também atuam na cobrança de passagens receberão um abono de R$ 180 mensais.
As obrigações das empresas terão validade até 5 de setembro e serão retroativas a 1 de julho deste ano. A questão do custeio patronal do plano de saúde dos trabalhadores continuará sendo negociada, com mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT) quando considerado oportuno.
O controle da jornada dos motoristas e cobradores será realizado com base nos registros do sistema GPS adotado por cada empresa, com mapas de apuração que servirão como prova dos horários de trabalho. Os rodoviários se comprometeram a realizar a compensação dos dois dias parados até o final de novembro, trabalhando uma hora a mais por dia, no máximo.
Em resumo, o acordo alcançado entre os trabalhadores rodoviários e as empresas de transporte em Recife representa um avanço nas negociações e na garantia dos direitos da categoria, que poderá retornar às atividades normalmente com as novas condições estabelecidas.