Um empreendedor do setor de hospedagem, Parys Fonseca, desenvolveu um modelo de negócio que integra a experiência de imersão na floresta Amazônica com a hospedagem sustentável. Com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) do Pará, ele adotou uma estrutura modular reciclável que, além de causar menos impacto ambiental, mantém a temperatura estável sem a necessidade de refrigeração artificial. Localizado na Ilha do Murucutu, o empreendimento oferece aos visitantes a oportunidade de vivenciar a floresta amazônica, além de experimentar a gastronomia local e conhecer a cadeia produtiva sustentável da região.
A escolha de Belém como sede para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) em 2025 antecipou o alinhamento das agendas na região. O diretor-superintendente do Sebrae no Pará, Rubens Magno, ressalta a importância do evento para incentivar práticas sustentáveis e a conscientização sobre a necessidade de integrar a sustentabilidade no turismo, promovendo um modelo mais responsável e alinhado com as metas climáticas globais.
O setor do turismo enfrenta desafios na articulação entre diferentes atores e na adoção de uma agenda climática clara. No entanto, o turismo sustentável também oferece oportunidades de parcerias e valorização dos destinos. O Plano Nacional de Turismo para o quadriênio 2024-2027 busca ampliar o número de municípios turísticos e promover o crescimento do setor, com metas ambiciosas para aumentar o fluxo de turistas, a receita gerada e a sustentabilidade das práticas turísticas no Brasil.
Com a implementação dessas diretrizes, o Brasil busca se posicionar como líder na promoção de um turismo sustentável, de baixo impacto ambiental e com responsabilidade social. O trabalho conjunto entre os diversos setores do turismo e a integração das agendas climáticas e sustentáveis são fundamentais para garantir um desenvolvimento responsável e promissor para o turismo no país.