Os números obtidos pela pesquisa realizada pela AGP Pesquisas em maio deste ano refletem a situação precária em que se encontram esses trabalhadores que representam uma parcela significativa do transporte de carga no país. O assessor da CNTA, Alan Medeiros, destacou questões como o envelhecimento da categoria, a falta de segurança nas estradas e a necessidade de incentivos para que os caminhoneiros permaneçam na profissão.
Dentre os profissionais entrevistados, quase metade acredita que o governo federal não oferece ações efetivas para incentivar a permanência na atividade. Além disso, 54% dos caminhoneiros cogitam deixar a profissão, o que levanta dúvidas sobre o futuro do transporte rodoviário de cargas no país.
O presidente da CNTA, Diumar Bueno, ressaltou a importância de proporcionar condições dignas para os caminhoneiros, como remuneração justa, segurança nas estradas e renovação da frota. Ele também defendeu a eliminação de intermediários nas negociações de frete, visando a valorização e qualificação dos profissionais.
Durante a audiência, também foram abordadas questões relacionadas à infraestrutura das estradas brasileiras e a necessidade de instalação de mais pontos de parada e descanso. Representantes do governo federal reconheceram a gravidade da situação e alertaram para os desafios que o país pode enfrentar caso não haja investimentos adequados no setor de transporte rodoviário.
Diante desses dados preocupantes, fica evidente a urgência de medidas que garantam melhores condições de trabalho e segurança para os caminhoneiros autônomos. Valorizar esses profissionais é fundamental para manter o funcionamento do transporte de cargas no Brasil e evitar possíveis crises no setor.