Repórter São Paulo – SP – Brasil

Número de casos de mpox no Brasil se mantêm entre 40 e 50 em agosto de 2025, segundo Ministério da Saúde.

A situação da mpox no Brasil tem apresentado mudanças significativas ao longo dos anos. Em agosto de 2022, o país atingiu o pico da doença, com mais de 40 mil casos registrados. No entanto, um ano depois, em agosto de 2023, o total de casos caiu drasticamente para pouco mais de 400. Em 2024, o maior número de casos foi observado em janeiro, ultrapassando os 170 casos.

Atualmente, em agosto de 2025, a média de novos casos de mpox tem se mantido entre 40 e 50, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Apesar de considerar esse número como “bastante modesto, embora não desprezível”, o diretor do Departamento de HIV, Aids, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis, Draurio Barreira, afirma que o país não enfrenta um cenário que indique um aumento abrupto nos casos.

Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) convocou um comitê de emergência para avaliar a situação da mpox na África e o risco de disseminação internacional da doença. Com o surgimento de casos fora da República Democrática do Congo e uma mutação que permitiu a transmissão entre pessoas, a OMS avalia a possibilidade de declarar a mpox como uma emergência em saúde pública de preocupação internacional.

No Brasil, os dados do Ministério da Saúde revelam que, entre 2022 e 2024, foram registrados quase 12 mil casos confirmados de mpox, com 366 casos prováveis. A população mais afetada pela doença no país são homens jovens, com idades entre 19 e 39 anos, sendo 91,3% dos casos do sexo masculino.

Além disso, o ministério destaca que a maioria dos pacientes diagnosticados com mpox também vive com HIV. O país ainda não dispõe de um teste rápido para a detecção da doença, o que torna necessário um diagnóstico mais demorado através de testes moleculares ou de sequenciamento genético.

Em relação às hospitalizações e óbitos decorrentes da mpox, o Brasil apresenta uma taxa de letalidade baixa, com 16 óbitos registrados entre 2022 e agosto de 2024. O tratamento da doença ainda não é específico, mas o ministério obteve autorização para importar o medicamento Tecovirimat, que tem se mostrado eficaz na redução da mortalidade.

Diante do cenário atual, o Brasil está atento e preparado para agir em caso de um eventual surto da doença, seguindo as orientações internacionais e buscando formas de garantir o tratamento adequado para os pacientes. A vigilância constante e a adoção de medidas preventivas são fundamentais para manter o controle da mpox no país.

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