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Investigação revela falhas humanas e deficiências no projeto de aeronave ATR-72 após incidente em 2013 e queda do voo 2283 da Voepass

Na última sexta-feira (9), um trágico acidente aéreo chocou a população de Vinhedo, São Paulo, envolvendo um avião do modelo ATR-72, o mesmo utilizado no voo 2283 da Voepass. Esse modelo de aeronave já esteve envolvido em um incidente grave em 2013, na Bahia, quando a formação de gelo nas asas causou uma perda de sustentação e a aeronave precisou realizar um pouso de emergência.

O relatório preliminar sobre o acidente em Vinhedo deve sair em setembro, e as autoridades estão investigando as possíveis causas do desastre. Vale ressaltar que, após o incidente em 2013, o Cenipa exigiu um maior investimento das companhias aéreas em treinamento para pilotos sobre situações de formação de gelo nas asas, visando prevenir novos acidentes.

No entanto, a antiga Passaredo, atual Voepass, foi uma exceção, pois já possuía um programa bem estruturado para lidar com esse tipo de situação. A ATR-72 da antiga Trip Linhas Aéreas, agora operada pela Azul, foi retirada de operação devido à sua idade avançada.

O acidente em Vinhedo vitimou 62 pessoas e levantou diversas hipóteses, incluindo falhas na tripulação, condições meteorológicas adversas e a formação de gelo nas asas. A recomendação foi enviada à Anac para garantir treinamento reforçado às tripulações em situações de congelamento das asas, visando evitar acidentes causados por falhas humanas.

Até o momento, 45 corpos das vítimas do acidente foram identificados, demonstrando a gravidade da tragédia aérea em Vinhedo. As autoridades continuam investigando as causas do acidente e trabalhando para fornecer respostas às famílias das vítimas. A caixa-preta do avião foi recuperada e está sendo analisada para auxiliar nas investigações.

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