CBF defende tecnologia do VAR no Brasil em meio a críticas de Abel Ferreira, comparando-a com padrão mundial.

A discussão sobre a tecnologia do VAR no futebol brasileiro ganhou destaque recentemente após declarações do técnico Abel Ferreira, do Palmeiras, criticando a qualidade do equipamento utilizado no país em comparação com o utilizado na Europa. Após o jogo entre Palmeiras e Flamengo, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) saiu em defesa da tecnologia nacional, destacando que o sistema de linhas utilizado para detectar impedimentos no Brasil é equivalente ao utilizado em competições de alto nível ao redor do mundo.

A entidade destacou que a empresa responsável pelo VAR no Brasil, a Hawk-Eye, fornece tecnologias para a FIFA e a UEFA, assegurando a qualidade do sistema utilizado no país. No entanto, a CBF admitiu que há diferenças na qualidade das câmeras utilizadas no Brasil em comparação com os principais campeonatos europeus, como o Campeonato Inglês e a Liga dos Campeões. Essa diferença se limita ao hardware, com as competições estrangeiras contando com câmeras de maior definição, o que facilita a análise dos lances pela comissão de arbitragem.

Uma das principais reclamações da equipe técnica de Abel Ferreira foi em relação à implementação do impedimento semiautomático, uma tecnologia que simplifica a análise dos lances mais polêmicos. Essa tecnologia foi testada pela primeira vez em larga escala na Copa do Mundo de 2022, mas ainda não está disponível no futebol brasileiro devido a questões operacionais e de custo.

Segundo a CBF, a implementação do impedimento semiautomático exigiria a instalação de câmeras especiais nos estádios brasileiros, o que representaria um investimento significativo e uma operação complexa. Até o momento, apenas o Campeonato Inglês anunciou a adoção dessa tecnologia, com outros campeonatos de alto nível ainda avaliando a possibilidade.

Apesar das críticas de Abel Ferreira e de outros treinadores, a CBF garantiu que o VAR no Brasil está alinhado com os padrões internacionais e que a entidade continua buscando melhorias na tecnologia utilizada no país. A discussão sobre a qualidade e a eficiência do VAR no futebol brasileiro deve continuar sendo tema de debate entre os envolvidos no esporte.

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