A queda do avião em Vinhedo: Moradores vivem pesadelo em condomínio tranquilo a 80 km de São Paulo

O engenheiro paulistano Eduardo Borges, de 50 anos, teve sua vida completamente impactada nos últimos cinco dias após o trágico acidente aéreo que ocorreu no residencial Recanto Florido, em Vinhedo. Morador do local há 10 anos, Borges descreve a calmaria e tranquilidade do condomínio, que foi inteiramente transformada pela presença de bombeiros, polícia militar e destroços de uma aeronave da Voepass.

Em entrevista exclusiva à mídia, Borges conta que a situação instaurada no local parece saída de um filme de ação, algo totalmente inimaginável para os moradores. Como conselheiro da associação que representa os moradores do bairro, ele relata o impacto psicológico causado pelo acidente, com várias pessoas buscando apoio psicológico na administração municipal de Vinhedo.

O secretário de Segurança Pública da cidade confirmou o grande número de residentes que procuram auxílio psicológico após presenciarem a tragédia. A vizinhança ainda está em choque e, segundo Borges, será uma lembrança que permanecerá viva na memória dos moradores por muito tempo, especialmente para aqueles que testemunharam a cena do acidente.

Vinhedo, uma cidade dormitório próxima a São Paulo, tem sido procurada por pessoas que desejam qualidade de vida sem abrir mão da proximidade com a capital. O local do acidente, no bairro Capela, está situado entre a área urbana e a zona rural, o que torna a região ainda mais impactante para os residentes.

O trabalho de triagem dos pertences das vítimas continua no local, inclusive com a descoberta de novos restos mortais que interromperam brevemente os procedimentos. Os moradores, em respeito às vítimas e suas famílias, evitaram falar com a imprensa, enquanto técnicos e agentes especializados permaneceram atuando no local.

A remoção dos destroços da aeronave está programada para começar em breve, assim que o trabalho de triagem for concluído. Os moradores pretendem prestar uma homenagem às 62 vítimas em um ato ecumênico, desde que haja autorização das autoridades. A cerimônia será aberta a todos, como forma de homenagear e lembrar aqueles que perderam suas vidas na tragédia.

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