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Secretaria de Saúde do Ceará investiga óbito fetal relacionado à febre do Oropouche durante seminário de arboviroses no estado.

A Secretaria de Saúde do Ceará está investigando um caso de óbito fetal que pode estar relacionado à infecção por febre do Oropouche. A informação foi divulgada pela secretária de Saúde do estado, Tânia Coelho, durante o seminário intitulado “Febre do Oropouche: como enfrentar a arbovirose no Ceará”, realizado nesta segunda-feira (12).

De acordo com Tânia, o óbito ocorreu no último fim de semana e a gestante, de 40 anos, era residente de Baturité, porém foi atendida em Capistrano. A secretária alertou que 60% das doenças infecciosas em humanos são causadas por animais, incluindo mosquitos, e ressaltou a importância de um plano de ação para lidar com a situação.

A preocupação com o avanço do vírus da febre do Oropouche se deve ao fato de o vírus ter saído da Região Norte e ter se espalhado pelo Nordeste, apresentando características atípicas. Tania destacou que as mutações do vírus podem ser consequência da degradação ambiental causada pelas ações humanas, como desmatamento e alterações no habitat natural.

Segundo o último boletim epidemiológico divulgado pela secretaria, o Ceará já registrou 122 casos de febre do Oropouche em 2024, com quatro casos em gestantes. A maior parte dos casos confirmados foi identificada em seis municípios da região do Maciço do Baturité, sendo Aratuba, Pacoti, Mulungu, Capistrano, Redenção e Palmácia os mais afetados.

A Secretaria de Saúde ressaltou que a maioria dos casos confirmados reside ou frequenta a zona rural desses municípios, e que a febre do Oropouche não é considerada endêmica no Ceará. Medidas estão sendo tomadas para conter a disseminação do vírus e garantir a saúde da população cearense.

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