Avião que caiu em Vinhedo apresentou falhas antes da tragédia, mas especialistas alertam para relação com o acidente.

No último dia 9 de agosto, um trágico acidente chocou o Brasil, com a queda de um avião em Vinhedo, no interior de São Paulo, causando a morte de 62 pessoas. De acordo com informações levantadas pela equipe da Folha, o avião envolvido no acidente apresentou pelo menos duas falhas significativas nos meses que antecederam a tragédia.

O modelo ATR 72-500 da Voepass teve um problema no sistema hidráulico em março, durante um voo de Recife para Salvador. O painel de controle indicou uma mensagem de baixo nível de óleo hidráulico, o que levou a tripulação a realizar os procedimentos de emergência. Posteriormente, ao pousar em Salvador, a aeronave teve um contato anormal com a pista, sem danos graves ou feridos entre os passageiros e tripulantes.

Após o incidente, o avião permaneceu em Salvador por 17 dias para reparos, antes de seguir para o centro de manutenção da companhia em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, em março. Após passar por esses reparos, a aeronave retornou às operações em julho, sem indícios de que as falhas anteriores estivessem relacionadas ao acidente posterior.

Especialistas consultados pela reportagem destacaram que é difícil estabelecer qualquer correlação entre as falhas no sistema hidráulico e no pouso anormal com a queda do avião em Vinhedo. Além disso, destaca-se a complexidade das investigações em andamento pelo Cenipa, que extraiu 100% dos dados das caixas-pretas da aeronave e continua analisando as informações para entender o que levou ao acidente.

Ainda há muitas incógnitas a serem esclarecidas, como a falta de comunicação entre o piloto e a torre de controle no momento da queda. Com a finalização da primeira etapa da investigação, é possível que novos detalhes surjam nos próximos dias, mas a busca pela verdade sobre as causas desse trágico acidente segue como prioridade das autoridades aeronáuticas.

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