A demora no embarque foi justificada pelo piloto da empresa Voepass, que explicou que a aeronave modelo ATR-72, similar à que caiu no dia anterior, precisava chegar de São José do Rio Preto para realizar a viagem prevista para Cascavel naquele sábado. Apesar do atraso, todos os passageiros aguardaram pacientemente a chegada da aeronave.
A rota que conecta o oeste do Paraná a São Paulo é muito utilizada por moradores locais e visitantes, como o consultor de negócios Paulo Feyh, que frequentemente faz essa viagem para visitar os pais. A tensão era palpável, e Paulo admitiu que nunca havia sentido uma atmosfera tão carregada durante suas viagens. Mesmo assim, ele embarcou com destino à sua cidade natal para passar o Dia dos Pais com a família.
Outra passageira, a recepcionista Rafaella Voigt, mostrou sua preocupação com a possibilidade de estar na mesma situação da tragédia. Apesar do medo, ela está se preparando para seguir carreira como comissária de bordo, o que torna o acontecimento ainda mais impactante para ela.
O piloto, antes de partir, fez questão de ressaltar a segurança do modelo ATR-72 e pedir respeito à empresa e orações pelas vítimas do acidente. Ele lamentou a perda de amigos e colegas presentes no voo fatídico e prestou suas condolências aos familiares.
Até o momento, a Voepass ainda não possui informações sobre a causa do acidente, mas especialistas cogitam a hipótese de acumulação de gelo nas asas da aeronave. O pouso em Cascavel foi tranquilo, e um ponto de atendimento da Defensoria Pública do Paraná foi montado no aeroporto para oferecer suporte aos familiares das vítimas.
Em meio à comoção e preocupação dos passageiros, o voo transcorreu normalmente, evidenciando a resiliência e coragem necessárias para superar momentos de adversidade como esse.
