Durante a audiência, Almeida fez graves acusações contra a Voepass, alegando que a empresa exercia pressão sobre os pilotos para que eles trabalhassem fora da escala de trabalho e em seus dias de folga. Essa prática, segundo o piloto, poderia provocar fadiga e aumentar o risco de acidentes. Ele chegou a relatar situações em que a empresa ligava para ele durante seu período de descanso, insistindo para que realizasse voos mesmo estando de folga.
Além disso, Luís Cláudio de Almeida denunciou a falta de alimentação adequada durante os voos e a falta de condução para os deslocamentos até o aeroporto, aumentando o desgaste dos pilotos. Ele alertou que tais práticas poderiam contribuir para o aumento do risco de acidentes aéreos, enfatizando que não queria ver desastres aéreos nos noticiários.
No entanto, apesar das denúncias feitas pelo piloto, a principal hipótese para a queda da aeronave em Vinhedo não está diretamente relacionada à fadiga dos pilotos, mas sim às condições climáticas. Especialistas apontam que a perda de sustentação da aeronave pode ter sido causada pela formação de gelo nas asas do avião. A investigação do acidente ainda está em andamento, aguardando a análise da caixa-preta para uma avaliação mais precisa.
Diante dos fatos apresentados, a Voepass se manifestou afirmando que cumpre com todos os requisitos legais, conforme o regulamento brasileiro da Aviação Civil. O piloto Luís Cláudio de Almeida ainda não se pronunciou sobre o acidente, mas o espaço permanece aberto para sua manifestação. A investigação sobre as causas do acidente continua, buscando esclarecer o que realmente levou à trágica queda da aeronave em Vinhedo.