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Ex-agente da GCM é acusado de negociar armas desviadas da campanha do desarmamento e vender munições ilegalmente em SP

Na última terça-feira (6), uma megaoperação foi deflagrada na cidade de São Paulo com o objetivo de desmantelar milícias, hoteis e ferros-velhos que estavam sob o controle da facção criminosa PCC. Um dos alvos dessa operação foi Rubens Alexandre Bezerra, ex-agente da Guarda Civil Metropolitana (GCM), acusado de negociar armas desviadas da campanha do desarmamento, além de vender munições e dispositivos para a prática de crimes na região central da cidade.

Após ser considerado foragido desde a deflagração da operação, Bezerra decidiu se entregar à polícia nesta sexta-feira (9). De acordo com informações da Polícia Civil, o ex-agente da GCM compareceu ao 74º DP (Parada de Taipas) acompanhado de seu advogado e permaneceu detido.

Durante as investigações, foram interceptadas mensagens de áudio que incriminam Bezerra, onde ele reclama da falta de entregas de armas e relata ter sido repreendido por colegas ao retirar uma arma do ponto de entrega da campanha do desarmamento. Além disso, o ex-GCM também foi flagrado negociando a compra de kits de medicamentos abortivos e dispositivos para bloquear sinais de radiofrequência, comumente utilizados em crimes como roubo de cargas.

Outros três guardas civis também foram alvos de mandados de prisão preventiva durante a megaoperação, incluindo Antonio Carlos Amorim Oliveira, afastado da GCM em junho do ano passado por suspeitas de corrupção. Os investigadores descobriram que Oliveira movimentou cerca de R$ 4 milhões entre os anos de 2020 e 2024, em um esquema de milícia na região da Cracolândia.

A operação contou com a atuação conjunta do Ministério Público e da Polícia Civil, visando desarticular essas organizações criminosas que estavam atuando de forma ilegal na região central de São Paulo. Bezerra e os demais envolvidos serão submetidos ao devido processo legal para responderem pelos crimes cometidos.

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