De acordo com a Força Aérea, os dois gravadores de voo, conhecidos como caixa-preta, foram encaminhados para o Laboratório de Análise e Leitura de Dados de Voo do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) para análise. O relatório preliminar sobre o acidente ainda deverá demorar cerca de 30 dias para ser concluído.
Os investigadores estão realizando os trabalhos preliminares de preparação, extração e degravação de dados de forma ininterrupta, com foco em detalhar todas as atividades relacionadas ao voo, o ambiente operacional, os fatores humanos, entre outros pontos. Após a conclusão da primeira fase de investigação no local do acidente, a análise dos dados segue em andamento.
O acidente aéreo em Vinhedo, considerado de alta complexidade, levantou várias hipóteses sobre as possíveis causas da queda da aeronave. Especialistas descartaram a possibilidade de congelamento das asas e a empresa responsável pelo avião, a Voepass, afirmou que o modelo ATR 72-500 é seguro e não apresenta falhas desse tipo.
O avião, que partiu de Cascavel (PR) com destino a Guarulhos (SP), caiu em uma área residencial de Vinhedo cerca de 20 minutos antes do horário previsto para o pouso. Até o momento, foram resgatados 50 corpos de vítimas, sendo dois deles identificados como o piloto e o copiloto do voo. As vítimas serão levadas para o Instituto Médico-Legal (IML) Central de São Paulo para identificação.
Enquanto isso, nas redes sociais da Latam, companhia aérea que possui acordo com a Voepass, usuários têm demonstrado revolta e exigido o cancelamento de viagens e responsabilização pelo acidente, embora isso não seja cabível pela legislação vigente. A empresa Latam segue operando normalmente e prestando todo o suporte necessário aos seus passageiros.