O FNDE é responsável por repasses da União para as secretarias de Educação de todo o país, enquanto o Inep realiza avaliações fundamentais do ensino superior e básico, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Além disso, o Inep é responsável pelo monitoramento do Concurso Nacional Unificado, com data marcada para 18 de agosto.
Os servidores reivindicam melhorias salariais e a reestruturação da carreira, alegando que os salários são baixos em comparação com outras instituições públicas, o que tem levado a uma saída de pessoal. Atualmente, o FNDE tem 325 funcionários ativos e o Inep conta com 318 servidores, o que representa apenas um terço da necessidade, segundo os sindicatos.
As negociações com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) têm sido lentas, e os servidores reclamam da falta de resposta às demandas da categoria. Uma proposta de reajuste salarial de 9% para 2025 e 3,5% para 2026 foi feita em uma reunião anterior, porém os servidores consideram que esses percentuais não são suficientes para equiparar seus salários aos dos servidores do ensino superior federal.
Além das questões salariais, os servidores apontam a falta de pessoal como um problema grave, que tem contribuído para a vulnerabilidade do FNDE a fraudes e corrupção. Em gestões passadas, o fundo esteve envolvido em casos de corrupção, o que reforça a importância de ter uma equipe sólida e estável no órgão.
Diante desse cenário, os servidores estão dispostos a entrar em greve caso suas exigências não sejam atendidas. A próxima reunião com o MGI está marcada para terça-feira (13), e os servidores aguardam uma proposta mais satisfatória para evitar a paralisação de suas atividades, que poderia impactar negativamente a educação no país.