Segundo dados da Rede de Meteorologia do Comando da Aeronáutica, os alertas para a formação de gelo foram emitidos a partir das 8h30 e se estenderam até pelo menos as 20h20 do mesmo dia, para altitudes entre 12 mil e 21 mil pés. O avião da Voepass estava a 17 mil pés pouco antes do acidente, conforme informações do Flightradar24.
Especialistas em aviação apontam que a presença de gelo nas asas da aeronave poderia ter afetado a capacidade de tração do avião, levando a uma perda de sustentação e controle. Há duas principais hipóteses sendo levantadas pelos especialistas após análises preliminares: a formação de gelo nas asas, indicando uma possível falha no sistema de degelo, e uma falha na posição das hélices, que também teria impactado a capacidade de tração da aeronave.
O avião envolvido no acidente era um turboélice modelo ATR-72, fabricado pela empresa franco-italiana ATR. Operado pela Voepass, a aeronave tinha a bordo 57 passageiros e quatro tripulantes. Especialistas ressaltam que, embora as condições meteorológicas adversas possam ter contribuído para o acidente, é cedo para determinar com precisão as causas da queda.
A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que o voo transcorreu normalmente até as 13h20, quando a aeronave deixou de responder às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo. Não houve declaração de emergência por parte da tripulação, e a perda do contato radar foi registrada às 13h22.
A investigação sobre as causas do acidente segue em andamento, com foco na análise das condições meteorológicas, possíveis falhas no sistema de degelo e na posição das hélices, bem como em outros fatores que possam ter contribuído para o trágico incidente. A comunidade da aviação aguarda por mais informações e detalhes sobre as circunstâncias que levaram à queda do avião da Voepass Linhas Aéreas em Vinhedo.